Não houve duelo, Cagnotte não correu

Savoir Bien ficou absoluta em San Isidro

O Gran Premio 1.000 Guineas, prova do Grupo I, em 1.600 metros, grama, para potrancas de 3 anos, foi o grande destaque do programa realizado, ontem, no Hipódromo de San Isidro. A grande expectativa girava em torno do provável "duelo" entre a invicta Cagnotte, montaria de Jorge Ricardo, e Savoir Bien, do Santa Maria de Araras, que contaria com a direção de Pablo Falero. Mas, uma tosse impediu que encontro acontecesse. Segundo o treinador Jorge Mayansky Neer, sua pensionista, que vencera nas duas apresentações, amanheceu tossindo muito e como a grande meta é a Polla de Potrancas, não quis arriscar, fazendo o forfait. Sem a presença da temível adversária, o que se viu foi uma vitória firme de Savoir Bien (foto), que precisou ser exigida por Falero para cruzar o disco três corpos à frente de Cayaya, que mostrou progressos e deu trabalho à favorita de 1,65. Dando Amor, Explorada e Mansedumbre completaram o marcador. A ganhadora, por Bernstein e Savilla, criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras, foi apresentada por Carlos Daniel Etchechoury e marcou o tempo de 94s75. Confirmando a condição de líder absoluta da geração e de potranca com maior número de vitórias no ano (quatro), Savoir Bien chegará à Polla de Palermo, em setembro, como grande favorita.

"Dany", um pentacampeão que saiu do sério

O treinador Carlos Daniel Etchechoury (foto), ou apenas Dany, como é conhecido no meio turfístico argentino, saiu do sério ao final da disputa da prova central de ontem, em San Isidro. Maior ganhador do Gran Premio 1.000 Guineas, com quatro vitórias, o jovem profissional estava perto de conquistar uma impressionante marca, como o pentacampeonato da importante carreira. Disse que, com o forfait de Cagnotte, toda a pressão fora dirigida para sua pensionista e a obrigação de ganhar era dela. Nos últimos 200 metros, quando a filha de Bernstein conseguiu ultrapassar Cayaya, que resistia, e deixou claro que não perderia, Dany levantou-se na arquibancada e começou a gritar, algo pouco comum para o tranqüilo profissional. Após a prova, disse que é sempre uma alegria muito grande vencer com cavalos do Santa Maria de Araras, que sempre o apoiou. Além de Savoir Bien, Dany também é responsável pelo invicto Qué Vida Buena, líder entre os machos, entre outros bons valores da coudelaria do brasileiro Julio Bozano.

Ricardo vence apenas uma prova

Jorge Ricardo voltou, nas ultima semana, ao sistema "pinga-pinga" o que vez por outra acontece com o super campeão verde-e-amarelo. Mais uma vez, com muitas montarias na corrida de ontem, em San Isidro, o brasileiro conquistou apenas uma vitória. Ricardinho ganhou o 12º páreo com o cavalo Icelandic, do Stud M.V., treinamento de Gustavo Scarpello. O movimento de apostas da corrida de ontem, com 15 páreos, foi de 2.307.077 pesos argentinos, o que representam, pela cotação de sexta-feira, R$ 1.203.426,38.

Uma despedida que poderá ser em alto estilo

Um bom programa de 15 páreos será realizado na tarde/noite de hoje no Hipódromo Argentino de Palermo, tendo como principal atração o Handicap Jorge H.Iglesias, em 1.800 metros, prova que presta homenagem ao ex-gerente do Hipódromo de San Isidro, recentemente falecido. A carreira, destinada a corredores de 5 anos e mais idade, tem campo numeroso de 14 competidores e marca a despedida das pistas do cavalo Fieston Gaúcho (foto), que após a carreira ingressará na reprodução. O filho de Halo Sunshine e Gaucha Doll, um dos mais pesados em atividade no turfe argentino (558 quilos) tem uma campanha irretocável, com 13 vitórias, a última delas obtida no Handicap Casablanca, no dia 23 de junho. Montaria de Rodrigo Cunz, o alazão deve ser o favorito na prova de hoje e despedir-se com vitória, seria o ideal. Pharalon (Nuñez), Tentativo (Julio Méndez) e Flag Chocolatero (Falero) são os maiores adversários. Segundo o programa oficial, Jorge Ricardo tem nove montarias.

Miss Renoir brilha no clássico uruguaio

Uma das atrações do programa de 15 páreos, realizado, ontem, no Hipódromo de Maroñas, foi o Clásico Francia, em 1.100 me

tros, para éguas de 3 anos e mais idade. E o que se viu foi um show da brasileira Miss Renoir (foto), que venceu facilmente, por seis corpos, dirigida por Deividi Gaier. Eleita grande favorita do público, a vencedora não tomou conhecimento das nove adversárias e ganhou de ponta a ponta, a puro galope, assinalando a boa marca de 64s61, deixando na segunda colocação Pink Sound. Em terceiro finalizou My Little Queen e, em quarto, outra brasileira, a experiente Dona Virtu, protagonista de outras carreiras clássicas no turfe uruguaio. Em quinto, completando o marcador, a argentina Xixia. Miss Renoir, de 3 anos, por Spring Halo e Loyal Hero (Salt Marsh), criação do Haras Claro de Luna e propriedade do Stud El Caverna, foi apresentada pelo treinador Ivo Válter Pereira. Esta foi sua terceira vitória (primeira clássica) em quatro apresentações.

No outro clássico, uma chegada emocionante

Outra atração da corrida de ontem, em Maroñas, foi o Clásico José Shaw, em 1.600 metros, para éguas de 3 anos e mais idade. Diferente do que aconteceu no clássico anterior, quando Miss Renoir despachou as adversárias, neste prova a chegada foi muito complicada, com quatro competidoras escassamente separadas. Numa prova sem representantes brasileiras, a vitória pertenceu a Srta.Belén (foto), que contou com a direção do tupiniquim Everton Rodrigues. A ganhadora livrou meia cabeça de vantagem sobre a argentina Pluralista, que por sua vez chegou um quarto de corpo à frente de Abadía que dominou Potri Galaxia por cabeça. Completou o marcador Yuka. A ganhadora, de 4 anos, por Menesteo e Potri Royal (Potridoon), criação de Rouget E.Espert e propriedade do Stud La Fierté, foi apresentada por Pablo Cardozo e marcou o tempo de 96s58. Esta foi sua terceira vitória (primeira clássica) em 13 apresentações.

Mais uma conquista verde-e-amarela

Além da brilhante vitória de Miss Renoir no Clásico Francia, outra conquista de corredor nascido e criado no Brasil aconteceu na programa realizada, ontem, no turfe uruguaio. Na primeira prova, em 1.400 metros, destinada à éguas de 4 anos, perdedoras, levou a melhor Bela Patagonia (foto), que contou com a direção de Fernando Olivera. Pouco amparada nas apostas, uma vez que seu rateio foi de 7,40, derrotou Kameya por dois corpos e um quarto, com a grande favorita La Berni finalizando na terceira colocação. A ganhadora, por Patio de Naranjos e Horacina (Minstrel Glory), criação de Dionísio Laerce e propriedade do Stud Don Beto, foi apresentada pelo treinador Roberto Esteves e assinalou o tempo de 86s91.